Oito cidades.
Oito pessoas.
Oito mentes capazes de se conectar como uma, mas
individuais entre si.
A nova série original da Netflix dos irmãos Wachowskis (Matrix e o Destino de Júpiter), e de J. Michael Straczynski (Babylon 5), brinca com a
percepção e a procura por seu lugar no mundo.
Acompanhamos na série
oito pessoas que não se conhecem, morando em oito cidades diferentes, mas que
começam a compartilhar, memórias, sensações e dificuldades.
Atenção a partir daqui você pode encontrar
SPOILERS
Mas não ser preocupe serão mínimos eu garanto.
Brian J. Smith, como Will,
policial em Chicago;
Tuppence Middleton, como Riley,
uma DJ islandesa, morando em Londres;
Aml Ameen, como Capheus,
motorista de van no Quênia, África;
Tena Desae, como Kala,
uma farmacêutica enfrentando um dilema de casar sem amar, em Mumbai, Índia;
Doona Bae, como Sun, uma
executiva e mestre de Artes Marciais na Coréia do Sul;
Max Riemelt, como
Wolfgang, um ladrão na Alemanha;
Jamie Clayton, como Nomi,
uma transexual em São Francisco;
Miguel Silvestri, como Lito, um
ator mexicano, gay não assumido.
Não se pode falar muito sem dar verdadeiramente caminhões
de spoilers, mas vamos tentar...
Já falou sozinho e teve a impressão que alguém respondia,
e esse alguém se tornava seu amigo? Já teve uma música surgindo do nada na
cabeça e se pegou cantando? Já teve a sensação de conhecer um lugar que nunca
esteve?
A série explora tudo isso mergulhando na vida de cada um
dos oito personagens principais, acredite você encontrará pelo menos um para
adorar, seja a DJ perdida e de péssimos amigos, o motorista de van de Nairóbi,
a oprimida sul coreana, a dividida indiana, ao atormentado alemão, ao certinho
policial, e o ator mexicano (digno de a Usurpadora).
A DJ, o motorista e a sul coreana são meus principais, mas
você não desgosta de ninguém, a cada momento cada um alcança um ponto positivo.
Desde o inicio você oscilará entre acompanhar seus dramas
pessoais, e ao mesmo tempo tentar descobrir como foram ligados de tal forma.
Temos desde momentos mais “pesados” para os mais
conservadores (aqueles que nunca viram série da HBO), até momentos legais.
Imagina:
Você acordar no meio da noite ouvindo música eletrônica,
pensar que são seus vizinhos e na realidade ser o som que sua “irmã” está
produzindo em Londres.
Sua irmã começar a cantar uma música e cada um em cada
cidade, cantar e ou dançar a música aliviando a tensão (um dos melhores
momentos da série).
Para as mulheres uma hora de vingança. Um homem sofrendo
com a TPM em todos os detalhes.
Ainda temos boas referencias a cultura nerd e o confronto “Van
Dame” e “Bat Van”.
Alguns jornalistas acharam a série confusa. Para quem
espera por séries mamãe lê pra mim será mesmo, não espere explicações mágicas
surgindo do nada, como é comum hoje em dia em filmes.
Mergulhe nesse compartilhamento de vidas, e como sempre, o
melhor fica para final. Individualmente são excelentes, mas quando passam a
agir em conjunto temos um trabalho de equipe sem igual, com ação na medida
certa, investigação etc.
Para alguns mais sensíveis alguns momentos da série
conseguem superar novelas das 21h da Globo, mas em geral, cada momento mais
surtado serve a trama e não surge por surgir.
Como diz o último episódio Não vou abandoná-la na segunda temporada.
Achou o review confuso? Minha mente estava dividida com
meus outros Sense. Infelizmente no meu caso eram o Besouro Bisonho e o Homem Impossível.
Como precisamos de um marcador, já que todo mundo tem um.
Nosso marcador temporário será o sapinho trovejante 0 a 10, a série merece 9,5
trovejadas do sapinho.
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