por Nilton César
Em 2013, em comemoração aos 50 anos da
Turma da Mônica, Mauricio de Souza, um dos valentes desbravadores dos
quadrinhos nacionais, lançou um ousado e maravilhoso projeto a Graphic MSP.
A ideia dessas Graphic Novels seria
permitir a escritores e desenhistas nacionais reinterpretar os filhos queridos
de Mauricio de Souza, utilizando seus próprios traços e linguagem.
Cada edição trás algo novo e especial.
Escolhi aquela que roubou minha
atenção e se tornou um clássico moderno em minha prateleira.
Com história e arte de Vitor
Cafaggi e Lu Cafaggi, e cores do próprio Vitor Cafaggi e Priscilla Tramontano,
temos uma história maravilhosamente simples, mas capaz de captar o coração do
leitor e transportá-lo a uma nostalgia em alguns momentos na vida real e em
outros de filmes ou livro que marcaram nossa vida.
O que acontece quando seu
cachorrinho desaparece? Essa é a base da aventura da Turma da rua do Limoeiro,
encontrar o Floquinho, para retirar o Cebolinha de uma tristeza sem fim.
Descobriremos
de forma diferente como surgiram as amizades entre Cebolinha e Cascão, Mônica e
Magali, e entre este quarteto fantástico. E o que são capazes de fazer um pelo
outro.
Uma aventura que em alguns
momentos nos remete aos Goonies, uma busca aventuresca pelo Floquinho, ou ao
Chaves, pela amizade entre as crianças, e a
momentos como Conta Comigo, novamente a memória nos arremessa as
lembranças da época de infância e escola, e aquelas promessas de amizades
eternas.
Os traços utilizados fazem a
turminha parecer crianças de verdade, e suas expressões transpassam suas emoções além das
páginas.
Quer saber mais? Leia. Não vale a
pena contar nada, além disto, pois seria retirar o prazer de uma descoberta
incrível, em especial para quem cresceu lendo a boa e velha Turma
da Mônica, que sempre estará lá em um pedaço de nossos corações.
Essa Graphic Novel está entre as 10
melhores HQs que já li e foram capazes de emocionar.
Obrigado, Mauricio de Souza. Se este
fosse um país onde se valoriza pessoas que devam ser valorizadas a única
comparação possível seria chamá-lo Walt Disney brasileiro.