sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Avaliação: PANTERA NEGRA


Antes de começarmos não precisa se preocupar, não teremos spoilers aqui.

No máximos os comentários se fixarão em cenas já exibidas na divulgação.

Vamos começar com nossa orientação.

Algumas pessoas tem postado que já temos heróis negros para as crianças se espelharem no cinema e nos desenhos animados.

Sim. Temos. Blade, Falcão, Máquina de Combate, Lanterna Verde (John Stewart), Super Choque...mas é diferente.

A maior parte nunca foi o titular da história, ou tinha contexto mais sombrio ou urbano estadunidense.

Agora temos um rei de um país fictício do continente africanos que se desenvolveu mais do que qualquer outro país. A razão? Não ter sido colonizado pelos europeus.
Se não sabe o que foi a Partilha da África...deveria ter prestado mais atenção as aulas de Geografia e História

É um filme politizado e reflexivo.

Sobre várias questões relevantes atualmente: a imigração/xenofobia, pobreza, preconceito e afirmação feminina.

Esse último parece até passar despercebido pela maioria. Pois, toda a guarda real é composta por mulheres, algo que para a mitologia do país é parte da tradição.
As Dora Milajes dos quadrinhos.

E lembrando que nos países reais as mulheres lutaram e ainda lutam para alcançar espaço nas forças armadas, principalmente nas patentes elevadas.

O filme respeita o cânone dos quadrinhos, tendo inclusive mostrado relances de uniforme usado nas HQs, e atualizando alguns contextos criados por Stan Lee e outros grandes escritores.

Lembrando que o Pantera surgiu como coadjuvante em histórias do Quarteto Fantástico.

Todas as atrizes e os atores estão impecáveis em seus papéis.

Michel B. Jordan pode enterrar aquele cosplay de Tocha Humana. Conseguindo um papel tão incrível quanto em Creed. Temos em seu personagem o reflexo de T’Challa, quando pensamos nas possibilidades dos rumos que a vida tomaria se algo acontecesse.

Lupita impecável, e seu papel para com o mundo é alto extremamente dentro da realidade dos problemas que ocorrem tanto no continente africano, quanto em algumas partes do mundo.

Danai, nossa Michonne, parece impressa diretamente por uma impressora 3d como uma Dora Milaje saída dos quadrinhos. Liderando um dos grupos de mulheres mais letais da Terra.

Mas um coadjuvante passa despercebido e se torna um dos mais importantes ao longo do filme: Wakanda.

O país é construído de forma espetacular. Reunindo os mais modernos design em tecnologia com aspectos diversos de culturas africanas, criando literalmente algo único.
Wakanda nos quadrinhos. Compare com o cinema.

A fórmula Marvel finalmente foi medida. Parece que ouviram as reclamações de que piadas fora de hora somente funcionam em alguns filmes.

Os comentários engraçados ou irônicos estão com aqueles que têm essa personalidade, não com qualquer um, deixando a coisa crível.

Como ocorre com Shuri. Irmã do Pantera.

E nos quadrinhos sua irmã já foi rainha.

A ação está ótima, apesar do CGI ser um pouco excessivo, preferiria algo mais ao estilo pratico e coreografado de Capitão América: Soldado 
Invernal, mas no contexto geral as cenas funcionam.

Poderia ter tido um pouco mais de ação?

Sim. Poderia. Ninguém iria reclamar. Mas as que temos fazem valer o ingresso.

O melhor é um filme redondinho. É Pantera Negra, ele está no universo Marvel. Fica bem claro isso, mas ao mesmo tempo deixamos de lado joias do infinito e Thanos para apresentar este cantinho do universo.

Demonstrando que seria bem facilmente explicável como existem mutantes e nunca ouvimos falar neles até agora.

O filme possui dois extras. O primeiro é política atual. Afinal temos um rei, meu conselho é preste atenção a cada momento para entender as indiretas muito bem diretas deste contexto apresentado.  

Saindo do filme fica a vontade da Marvel introduzir os X-men e o Quarteto nesse universo.

E quem sabe em breve ter dois dos maiores momentos dos heróis nos quadrinhos na telona.

Seu casamento com a Tempestade, e o casal sendo convidado para substituir o Senhor Fantástico e a Mulher-Invisível como membros do Quarteto Fantástico.


Quem sabe...em breve.

É tudo que posso falar sem estragar sua experiência. Veja o filme. E diga se para você também é o melhor filme da Marvel até o momento.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Série que indico: ERASED


Uma das coisas mais legais que a NETFLIX trouxe ao nosso universo de série maníacos foi a possibilidade de assistir outras linguagens, para essas obras seriadas em países originadas da Alemanha, Espanha, México, Inglaterra, ou como é o caso dessa indicação: Japão.

A série é a adaptação do mangá e do anime Boku Dake Ga Inai Machi, que poderia ser traduzido livremente para algo como “A cidade em que só eu existo”, se vir a série entenderá o porquê do titulo original.

Cada de uma edição do mangá.

Imagem do anime.
Vários momentos do anime são reproduzidos na série. Mas partindo do principio que é a primeira vez que lê sobre o titulo vou me centrar na série.

Essa ficção dramática acompanha a vida do solitário Satoru, um rapaz entregador de pizza que tenta emplacar como escritor/desenhista de mangá. 
Satoru adulto.
Além disso, as vezes em momentos de algum perigo no seu entorno consegue voltar cinco minutos no tempo, e vez por outra evita algum acidente ou salva alguma pessoa.

E qual a explicação pseudo cientifica para as microviagens ou Revival como é chamado na série? Nenhuma.

Vamos falar sério quem não odeia quando um filme, uma série ou uma novela para a trama para algum personagem ter uma fala explicativa? Nem vou citar (Nolan) ninguém que adora por isso em seus filmes.
Que foi? Eu não citei nomes.

Voltando.

Ao voltar no tempo e salvar uma criança Satoru acaba no hospital. Sua mãe vem para a cidade para cuidar de sua recuperação.

Em meio a um dia de compra, a mãe do herói impede o sequestro de uma criança.

Nesse ponto toda a trama da serie começa. O sequestrador, que depois descobrimos ser um serial killer, um infanticida.

E quando nos aprofundamentos em conhecer esse serial killer, um grande momento ocorre e nosso herói é incriminado e prestes a ser preso acaba fazendo seu maior retorno no tempo.

E literalmente caindo enfrente a sua escola de ensino fundamental.
Satoru criança de novo.
Assim, passa a acreditar que caso salve as primeiras vitimas do serial killer poderá salvar a si mesmo, e as demais vitimas no futuro.

Mas cada passo em seu passado trás descobertas assustadoras sobre a vida de seus colegas de sala. Dramas que te prendem em cada momento da investigação.

O herói com dificuldades de expressar sentimentos é obrigado a mudar seu próprio eu para se aproximar das demais crianças e salvá-las, enquanto se preocupa de onde ou de quem vira o ataque.

Não é possível falar muito mais sem dar enormes spoilers.

É uma série fácil de maratonar. São apenas 12 episódios com uma média de 30 minutos cada.

Antes de finalizar. Sou obrigado a avisar o final é péssimo.

Não o roteiro. A ideia é ótima, mas a execução. Você entenderá.


Os ganchos que ficam no ar poderiam ser explorados em uma segunda temporada. Que nunca acontecerá.