segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

HQ em foco:


Quando eu era criança e tateava a leitura o interesse surgia aos poucos, e antes de Marvel, DC, José de Alencar, Guimarães Rosa, Tolkien ou Clive Staples Lewis, havia Mauricio de Souza e suas criações.


Foi a partir da Turma da Mônica que meu mundo de leitura começou a se abrir, sempre agradecerei a Maurício de Souza e seus colaboradores por anos de diversão.

Entre os personagens, além de Mônica e sua trupe, outros três me chamavam a atenção: 
Horácio

Penadinho

e Astronauta
.

Este último, em suas aventuras espaciais que mesclavam humor e ficção acordou meu lado nerd com certeza.

Mas o que me chamava a atenção era na realidade algo mais simples. Saber que o Astronauta era um brasileiro, abordo de uma nave brasileira. Percebia pela primeira vez que os heróis não precisavam ser estadunidenses ou japoneses, que nós brasileiros poderíamos alcançar os mesmos patamares. Apesar do brasileiro acreditar pouco em si mesmo.

A mesma sensação foi sentida ao ler esse novo número (na época) da Graphic MSP focando em Astronauta sob a visão de Danilo Beyruth.

Danilo desenvolve o personagem em momentos que exploram suas origens simples do interior do Brasil, seu senso aventureiro com ares de herói experiente, quase invencível por já ter passado praticamente por todas as situações possíveis, e o último arco.

Trazendo um pouco do Náufrago de Tom Hanks, e outras homenagens a boas histórias de sobrevivência e ficção dos últimos tempos.


Temos pura sobrevivência, mergulhado no melhor da ficção aventuresca, vivenciamos momentos sufocantes de solidão e reflexão do personagem, que também nos faz refletir sobre o que é verdadeiramente importante, ou o quanto verdadeiramente queremos estar sozinhos ou suportamos a distancia de todos que amamos por trabalho, mesmo que este seja uma grande aventura.
Lembram da icônica nave?

Não é possível contar mais sem entregar spoilers que apenas tirariam o prazer da leitura. 

Mas prestem atenção aos detalhes e reflita sobre sua vida nesta leitura totalmente imersiva, que em plena época de óculos de realidade virtual, é obtida com desenho e papel, e claro sua imaginação.


Boa Leitura. Tenho certeza que terá!!!







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